quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Gente que eu falo

É de uma gente que sofre, que chora...
de um povo que se entrega a batalha!
que eu digo que nunca viu sua sua hora.
mas sente orgulho do suor na cara!

É de uma gente, com sangue na veia!
Carrega no peito um humilde coração...
É de umas Marias que ralam na feira!
É de uns Joãos que abrem portão.

É de uma gente que sobe o morro!
Um povo que o governo não vê...
Gente que da vida levou esporro!
Uma classe que paga, pra não ter...

Pra ter o direito, o Certo!
Pra ter comida pra sua criança!
Pra ter um hospital aberto!
Pra ter no fundo, um pouco de Esperança!


Kaio Galvão

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Pondo um ponto

Escrevi uns versos, um simples conto
Mas não soube muito bem como terminar
Pensei meu bem, poderia por um ponto
Um ponto que pudesse meu verso encerrar!

Não que o poema tivesse ali o seu fim
Mas, uma história com muitas vírgulas cansa
e chega uma hora enfim...
O que foi escrito deve virar lembrança

E aqueles versos que foram escritos
Vão compor minha humilde poesia
mas vão dar lugar a novos versos tão bonitos
Quanto o teu foi em minha aventureira fantasia.


Kaio Galvão & Fabi Rua

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Madalena Morena

Veja como ela roda nessa dança!
Parece uma mulher, com ar de criança.

Brinca comigo, com meu corpo e meu coração.
E eu, admirado, fico parado pela sua canção.

Moça, do cabelo negro e pele morena...
Me leva com gosto, me faz ser seu poema!
 
Assumo, moça Madalena, muito te quero!
Por sina minha, sentado, aqui te venero...

Mas por favor, não quero que pare de dançar.
Pois se parar a dança, esperança no amor pode se acabar...


Kaio Galvão

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Saudoso João

Saudoso João!
Que bom te ver novamente na praça...
Vem nos dar o ar de tua graça!
Vem nos causar a comoção!

Saudoso João!
Que pro mundo mostra tua cara!
Teu inimigo, teu samba cala.
Cai de joelhos em redenção

Tu que tens a alma de nobre infante!
gingado de moleque, travesso, marcante...
Aprendeu a arte do "bamba" com teu povo,
entranhado em teu sangue, teu samba garoto.

Tu que aprendeste a conquistar donzelas!
Diria eu, em baixo tom, coitada delas...
Aprendeu com tapas a malícia da vida!
E como malandro, fez dela sua avenida...




Kaio Galvão

domingo, 19 de dezembro de 2010

Meu verso

Foi no meu verso, minha canção
que te cantei em meu coração.
Fiz do sentimento uma razão,
para sanar minha tentação.

E do silêncio, sopro poesia
para abalar toda a calmaria
Se do pensamento, há fantasia...
Talvez no papel fique a alegria!




Kaio Galvão

sábado, 11 de dezembro de 2010

Barco de Papel

Fiz um barco de papel, e o deixei no mar.
Olhei sentado, calmo e quieto, meu barco se afastar...
Pensei em quantos problemas ele iria enfrentar,
nas inúmeras tempestades a atravessar!

O barco mostrou que deveria me virar,
ficar parado só me faria naufragar...
Que desse mar eu deveria me afastar.
Levantar as velas da vida e navegar!







Kaio Galvão

Se você sorrisse...

Ah, se você sorrisse... E visse!
Que na vida coisa melhor não há,
o sorriso pode um choro calar...
Acredito até, que a tristeza afastar!

Sim, a danada foge de um sorriso
falo, pois entendo muito disso!
Sei que ela teme a gargalhada
No fundo, no fundo... Ela não vale nada!

Se você sorrisse... E visse!
Com certeza seria mais feliz.




Kaio Galvão

sábado, 4 de dezembro de 2010

Astuto


Sempre na dele, parado e quieto!
Aprendeu sozinho como caminhar...
E foi assim, de jeito meio modesto.
Que percebeu como se deve chorar!

A vida lhe ensinou a esconder a dor!
Lhe ensinou a ser feliz mentindo...
E o astuto, como só, deu valor.
Ao aprendizado de “chorar sorrindo”!

E pelas avenidas da vida verás o astuto,
de olhar humilde e sorriso verdade...
Esse momento pode durar um minuto.
Já a tristeza do falso astuto, uma eternidade...



Kaio Galvão