terça-feira, 5 de outubro de 2010

Arpoador

Caminhei até o Arpoador,
descansei a mente olhando o mar.
Só queria ver o sol se por,
ter um momento em paz para relaxar
Mas já faz tempo que vou até o Arpoador
e descanso ao som do mar.
Por lá enterro minha dor,
deixando o que há de ruim, para a maré levar!

Meu conselheiro Arpoador,
que nunca deixou de me ajudar!
No frio me trouxeste o velho calor,
matei saudades de quem não posso abraçar...

E tua vista Arpoador!
Não há nada com que posso comparar...
Prometo que aqui trarei o meu amor,
para um anel poder lhe dar.

Natureza é mesmo deslumbrante Arpoador!
Sentado aqui, me sinto no trono do mar.
E desta forma tu me faz um sonhador.
Pobre de mim, ter de despertar!

Meu lugar amado, Arpoador!
onde meus segredos de morte quero enterrar...
Não para deixar em ti esta dor.
Mas para que tua onda possas me levar!


Kaio Galvão