terça-feira, 29 de março de 2016

A feira

Em uma rua qualquer, a feira popular se levanta
Uma senhora, vem em busca de um pouco de vaidade
Promoção? O rapaz já emenda um três “é” dez.
Freguesa ainda leva junto o ramo de falsidade

E feira é livre, mas a sinceridade é cara
Para substituir leve um raminho de omissão
O moço passa e te oferece fé, que absurdo
Que é essa, que vem sem ação? Essa tal inflação

Moça bonita, aqui não paga e leva futilidade
Tome cuidado com esse tempero, pois ele desanda
A amizade anda estranha, mas pode levar também
E o egoísmo, vai levar? Aqui na barraca o cliente manda

E a persistência? Essa, hoje eu não trouxe
Então me veja a compaixão, vou levar no cartão
O moço grita, a madame olha vai querer a sacolinha?

Para cuidar do coração, quero um pouco de compreensão

E nessa feira, tem pouca fruta, não é época de respeito,
Mas se quiser fazer um doce, leve um saco de rancor
Ódio é barato, é sempre bom levar um pouco
Carrinho cheio, mas sinto falta! Aqui não vende amor...

Kaio Galvão