terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A dor que senti

Não, prometo não vou demonstrar...
Nem uma lágrima irei derramar.
Fique tranquila pois não vou me abater
e você não me verás sofrer...

Eu vou para roda de sambar...
O ramo de arruda para a sorte beijar.
O surdo marcando, eu vou esquecer...
O pandeiro me impede pensar em você.

Mas o silêncio vem sem demora...
Deitado em meu peito o cavaco chora.
Balancei, não chorei, nem desisti!
Garanto, ninguém sabe a dor que senti...
Uma singela homenagem ao mestre Nelson do Cavaquinho.


Kaio Galvão

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Me deixa...

Deixa...
Meu corpo dormir em teus braços.
Meu pobre peito já cansado,
de bater em suas porta
e você se faz de morta...
Não quer me deixar entrar!

Deixa...
Meu lábio escorregar por teu pescoço.
Meu pobre olho já faz esforço,
pois teima em te seguir
e você se diverte em fugir...
Não quer me deixar ficar!

Deixa...
Meu ombro ser teu travesseiro.
Meu pobre suor já tem seu cheiro,
doce como uma flor
que não se abre por rancor...
Me deixa ser o seu amor!




Kaio Galvão